Instalação da Câmara Municipal
Afastados das câmaras municipais pelo movimento revolucionário de 1930, comandado pelo gaúcho Getúlio Vargas, que mais adiante tornar-se-ia ditador, os vereadores voltaram em 1936 ao exercício da tarefa de legislar e fiscalizar; e com uma nova obrigação: eleger prefeitos para administrar suas cidades. Eleitos em 7 de junho de 1936 os vereadores de Raul Soares reuniram-se em 1º de agosto de 1936, para a instalação da Câmara Municipal do Município, eleição da Mesa Diretora e do primeiro Prefeito Constitucional.
O histórico documento a seguir transcrito, com observância da ortografia original, dá conta do acontecido.
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Acta da sessão solenne para installação da Câmara Municipal de Raul Soares, eleição da Mesa e do seu primeiro Prefeito Constitucional
No dia primeiro do mês de agosto do anno de mil novecentos trinta e seis (1936) às 12 horas no edifício da Câmara Municipal de Raul Soares e no salão nobre do Forum, haí presente o Sr. Pharmaceutico Aristides Pancracio Alves de Souza, por ele foi dito que na qualidade de Vereador mais votado na digo Câmara Municipal, nas eleições do dia sete de junho do corrente anno, convocara os senhores vereadores eleitos para a installação da Câmara Municipal de Raul Soares, eleição de sua Mesa e do primeiro Prefeito Constitucional do Município. Para isto assumiu a presidência da sessão e ia fazer a chamada dos mesmos afim de lhes tomar o compromisso legal. Procedida ella verificou-se o comparecimento dos seguintes senhores Vereadores: Arthur Penna, Antonio Vieira dos Santos, Doutor Raymundo Soares de Albergaria Filho, Carmo Ferreira Parente, Manoel Rodrigues Costa, Dr. Luiz Domingos da Silva, Vicente Gonçalves Vieira e o que esta subscreve, os quaes foram convidados pelo Sr. Presidente a exibirem os seus diplomas, o que foi feito. Verificando-se a presença da totalidade dos mesmos, componentes da Câmara Municipal, foi declarada aberta a sessão. Em seguida pondo-se de pé e convidando os senhores Vereadores a faserem o mesmo proferiu o Sr. Presidente em voz alta o compromisso legal conforme vae explicado: “Prometto cumprir o meu dever de Vereador à Câmara Municipal de Raul Soares, promovendo quanto em mim couber para seu bem estar e prosperidade.” A seguir cada um dos demais senhores Vereadores prestou igual compromisso, repetindo as palavras acima mencionadas. Anunciou depois o Sr. Presidente que de accordo com o disposto na lei n.º 55 de 28 de dezembro de 1935 e no art. 5º das Disposições Transitórias da Constituição do Estado ir-se-ia proceder à eleição da Mesa que deverá dirigir os trabalhos da Câmara Municipal no quatriênio que hoje se inicia. Para isto convidava os senhores Vereadores a que, cada um por sua vez, se recolhesse ao gabinete indevassavel no salão nobre do Forum e alli puzesse dentro dos envoltórios eguaes que a todos forneceu, o nome da pessoa em que recahisse sua preferencia para ser Presidente da Mesa, no quatriênio acima mencionado. Realizada a eleição e apurado o seu resultado verificou-se que elle foi o seguinte: Antonio Vieira dos Santos, seis votos; em branco trez votos. Passou-se, depois, a eleição do 1º Secretário da Mesa, realizada pela mesma forma porque se fizeram, digo, fizera a do Presidente. Recolhidas e abertas as sobrecartas verificou-se o seguinte resultado: José Paolielo, seis votos, havendo trez votos em branco. Com semelhantes formalidades procedeu-se à eleição do 2º Secretário da Mesa. Recolhidas e abertas as cédulas a apuração foi esta: Dr. Raymundo Soares de Albergaria Filho, seis votos e trez votos em branco. Deante do resultado acima o Sr. Presidente se levantou e proclamou eleitos Presidente, primeiro e segundo secretários da Mesa da Câmara Municipal de Raul Soares no quatriênio de 1936 a 1940 os senhores Antonio Vieira dos Santos, José Paolielo e Dr. Raymundo Soares de Albergaria Filho e disse, em conseqüência, passava a Presidencia da Mesa ao Sr. Antonio Vieira dos Santos que assumindo-a convidou o primeiro e o segundo secretários a se empossarem, o que foi feito com as formalidades usuaes, deferindo-lhes o compromisso de exacto desempenho de suas funções. Foi então que o Sr. Antonio Vieira dos Santos anunciou que iria proceder-se à eleição do primeiro Prefeito Constitucional do Município no quatriênio que ora começa. Distribuiu pelos senhores Vereadores sobrecartas iguaes, entrou no gabinete indevassavel voltou ao salão e depositou na urna o seu voto, convidando os senhores Vereadores a que fizessem o mesmo, no que foi attendido. Depois que todos votaram abriu as cédulas apurando o seguinte resultado: Dr. Durval Octavio Grossi, seis votos. Foram apurados trez votos em branco. Levantou-se o senhor Presidente da Mesa e disse que a vista do resultado da eleição proclamava Prefeito do Município de Raul Soares no quatriênio de 1936 a 1940, o Dr. Durval Octavio Grossi: Uma delirante salva de palmas recebeu essa proclamação. Determinou o Sr. Presidente que se fizesse ao Prefeito escolhido a communicação de que acabava de ser eleito o que foi cumprido. Nada mais havendo a tratar-se na sessão deu-se ella por finda e encerrada, do que de tudo lavrei esta acta, que assigno. José Paolielo - 1º Secretário - Antonio Vieira dos Santos - Presidente da Mesa - Arthur Penna - Aristides Pancracio Alves de Souza - Raymundo Soares de Albergaria Filho - Vicente Gonçalves Vieira - Luiz Domingos da Silva - Carmo Ferreira Parente.
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Concluo:- O mandato do prefeito eleito, Dr. Durval Octávio Grossi, acabou por se estender até o ano de 1945, em conseqüência do golpe que em 1937 instaurou no pais o Estado Novo (ditadura). As Câmaras Municipais foram novamente fechadas, somente voltando a funcionar em 1947.
Fragmentos da história de Raul Soares, colhidos através de pesquisas na fonte ou em livros, documentos e jornais da época.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Vereadores de 1927
Renovação política
Em 17 de maio de 1927, empossaram-se os novos vereadores de Raul Soares. O Dr. Edmundo Rocha, que na legislatura passada integrava a Câmara Municipal de Rio Casca, sendo o seu presidente, passou a ser vereador em Raul Soares, eleito presidente da Câmara Municipal de Raul Soares, por ser o vereador mais votado. Da Câmara de 1924 dois vereadores se reelegeram: Cel João Domingos da Silva e Cel. Joaquim Milagres Sobrinho. Uma grande renovação com cinco novos vereadores.
RELAÇÃO DOS VEREADORES
Dr. Edmundo Rocha
Dr. Mário Augusto de Figueiredo
Cel. João Domingos da Silva
Tte. Romualdo José de Miranda
Farmº Aristides Pancrácio Alves de Souza
Cel. Joaquim Milagres Sobrinho
Cap. Francisco Firmino Pinto
PRESIDENTE
Dr. Edmundo Rocha
Em 17 de maio de 1927, empossaram-se os novos vereadores de Raul Soares. O Dr. Edmundo Rocha, que na legislatura passada integrava a Câmara Municipal de Rio Casca, sendo o seu presidente, passou a ser vereador em Raul Soares, eleito presidente da Câmara Municipal de Raul Soares, por ser o vereador mais votado. Da Câmara de 1924 dois vereadores se reelegeram: Cel João Domingos da Silva e Cel. Joaquim Milagres Sobrinho. Uma grande renovação com cinco novos vereadores.
RELAÇÃO DOS VEREADORES
Dr. Edmundo Rocha
Dr. Mário Augusto de Figueiredo
Cel. João Domingos da Silva
Tte. Romualdo José de Miranda
Farmº Aristides Pancrácio Alves de Souza
Cel. Joaquim Milagres Sobrinho
Cap. Francisco Firmino Pinto
PRESIDENTE
Dr. Edmundo Rocha
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Primeiros vereadores
Termo de juramento
Aos vinte do mez de mil novecentos e vinte e trez, digo, e quatro <1924>, no Palácio da Câmara Municipal da Villa Matipóo, ás <13> treze horas, prezentes, os vereadores Joaquim Milagres Sobrinho, Joaquim José da Silveira, Carlos Gomes Brandão, João Domingos da Silva, Francisco Costa Abrantes, Raymundo Raphael Coelho e José Maria de Souza. O vereador Joaquim Milagres Sobrinho assumindo a presidência, como vereador mais votado, proferiu o seguinte juramento: prometo cumprir o meu dever de vereador do município de Matipóo promovendo quanto em mim couber para o seu bem estar e prosperidade, sendo pelos outros vereadores em seguida repetido o mesmo juramento, do que para constar lavrei o prezente termo que vai assignado por todos. Eu, José Theodoro Alves, official da secretaria o escrevi.
Joaquim Milagres Sobrinho
João Domingos da Silva
José Maria de Souza
Francisco Costa Abrantes
Joaquim José da Silveira
Carlos Gomes Brandão
Raymundo Raphael Coelho
Foi eleito para presidente o vereador Carlos Gomes Brandão e para vice-presidente o vereador Raymundo Raphael Coelho.
No primeiro semestre de 1924, Carlos Gomes Brandão e o Dr. Armando Sodré, vice-presidente da Câmara Municipal de Rio Casca, no impedimento do presidente Dr. Edmundo Rocha, acertaram importantes providências de interesse dos dois municípios.
Aos vinte do mez de mil novecentos e vinte e trez, digo, e quatro <1924>, no Palácio da Câmara Municipal da Villa Matipóo, ás <13> treze horas, prezentes, os vereadores Joaquim Milagres Sobrinho, Joaquim José da Silveira, Carlos Gomes Brandão, João Domingos da Silva, Francisco Costa Abrantes, Raymundo Raphael Coelho e José Maria de Souza. O vereador Joaquim Milagres Sobrinho assumindo a presidência, como vereador mais votado, proferiu o seguinte juramento: prometo cumprir o meu dever de vereador do município de Matipóo promovendo quanto em mim couber para o seu bem estar e prosperidade, sendo pelos outros vereadores em seguida repetido o mesmo juramento
Joaquim Milagres Sobrinho
João Domingos da Silva
José Maria de Souza
Francisco Costa Abrantes
Joaquim José da Silveira
Carlos Gomes Brandão
Raymundo Raphael Coelho
Foi eleito para presidente o vereador Carlos Gomes Brandão e para vice-presidente o vereador Raymundo Raphael Coelho.
No primeiro semestre de 1924, Carlos Gomes Brandão e o Dr. Armando Sodré, vice-presidente da Câmara Municipal de Rio Casca, no impedimento do presidente Dr. Edmundo Rocha, acertaram importantes providências de interesse dos dois municípios.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Fio da navalha - Coisas de ontem
Edward Leão
20 de janeiro de 1924: ruas limpas, sorridentes, muita gente de fora trançando nas vias públicas, passeando a sua curiosidade.
O Matipó, abraçado ao Sant’Ana contempla meio perplexo aquele redemoinho humano, nunca dantes visto em suas tranqüilas margens. De vez em quando, uma vara de foguete, meio desorientada, vem cair-lhe sobre o dorso, beliscando-lhes a
epiderme líquida. O programa da festa nada tinha de revolucionário ou de original: Alvorada, missa, sessão solene, banquete, bailes, e como condimento de tudo isso, uma centena e discursos previamente
elaborados e ensaiados nas rodas íntimas. Ás portas dos hotéis formavam-se grupos, discutindo, orientando, aconselhando. Alguns convidados ilustres eram consultados; outros, mais afeitos, distribuíam opiniões espontânea e gratuitamente.
Foi nesse dia que o forasteiro conseguiu conhecer de vista os edis do novo município: Carlos Gomes Brandão, João Domingos da Silva, Francisco Costa Abrantes, José Maria de Souza, Joaquim José da Silveira, Jaquim Milagres Sobrinho e Raymundo Raphael Coelho. Dentre eles, um seria eleito para a Presidência da Câmara, cargo que eqüivalia ao de Prefeito Municipal.
Havia mesmo uma certa ansiedade pela solução desse problema de alta relevância para a nova comuna.
(Fonte:- O Imparcial – Edição nº 15, de 12 de junho
de 1953)
20 de janeiro de 1924: ruas limpas, sorridentes, muita gente de fora trançando nas vias públicas, passeando a sua curiosidade.
O Matipó, abraçado ao Sant’Ana contempla meio perplexo aquele redemoinho humano, nunca dantes visto em suas tranqüilas margens. De vez em quando, uma vara de foguete, meio desorientada, vem cair-lhe sobre o dorso, beliscando-lhes a
epiderme líquida. O programa da festa nada tinha de revolucionário ou de original: Alvorada, missa, sessão solene, banquete, bailes, e como condimento de tudo isso, uma centena e discursos previamente
elaborados e ensaiados nas rodas íntimas. Ás portas dos hotéis formavam-se grupos, discutindo, orientando, aconselhando. Alguns convidados ilustres eram consultados; outros, mais afeitos, distribuíam opiniões espontânea e gratuitamente.
Foi nesse dia que o forasteiro conseguiu conhecer de vista os edis do novo município: Carlos Gomes Brandão, João Domingos da Silva, Francisco Costa Abrantes, José Maria de Souza, Joaquim José da Silveira, Jaquim Milagres Sobrinho e Raymundo Raphael Coelho. Dentre eles, um seria eleito para a Presidência da Câmara, cargo que eqüivalia ao de Prefeito Municipal.
Havia mesmo uma certa ansiedade pela solução desse problema de alta relevância para a nova comuna.
(Fonte:- O Imparcial – Edição nº 15, de 12 de junho
de 1953)
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Fatos históricos relevantes
Cronologia
1837 - Cassimiro de Lanna e Domingos de Lanna, procedentes de Mariana (MG) e residentes em Abre Campo (MG), chegaram ás ínvias paragens á beira do rio Matipóo tomando posse das ricas matas do Boachá, nome originário de um índio decrépito que ali morava, á margem direita do referido rio.
3 de fevereiro de 1903 – A Lei municipal n.º 146, do município de Ponte Nova (MG), criou o distrito de São Sebastião de Entre Rios.
As razões para a denominação: Adoção do nome do santo padroeiro e localização entre os rios “Matipó” e “Sant Ana”.
30 de agosto de 1911–A Lei estadual n.º 556 desmembrou de Ponte Nova o município de Rio Casca (MG). São Sebastião de Entre Rios passou, então, a ser distrito de Rio Casca (MG).
1916 – Presença da Estrada de Ferro Leopoldina Railway no distrito de São Sebastião de Entre Rios, movimentando a estação de Matipóo.
16 de junho de 1918-Convocação para eleição de diretoria do Matipóo Foot-bal Club, publicada na edição nº 8 do jornal O Entre Rios.
22 de novembro de 1922-Fundação da Loja Maçônica Esperança no Arquiteto.
7 de setembro de 1923 – Emancipação do distrito de São Sebastião de Entre Rios, através da Lei estadual nº. 843, com a denominação de Matipóo, na categoria de vila.
23 de novembro de 1923 – Doação de imóvel com 756 metros quadrados, localizado na Av. Benedito Valadares, para o Fórum de Raul Soares.
20 de janeiro de 1924 - Instalação da Câmara Municipal de Matipóo.
15 de junho de 1924 – Fundação da Sociedade São Vicente de Paulo, uma entidade de notória importância em todo o mundo, fundada na França por Frederico Ozanam.
19 de setembro de 1924 - Lei estadual nº. 862 alterando a denominação de Matipóo para Raul Soares, ainda na categoria de vila. A denominação de Raul Soares foi uma homenagem ao presidente (governador) do estado de Minas Gerais, Dr. Raul Soares de Moura, falecido em 4 de agosto de 1924,autor da lei que em 7 de setembro de 1923 criou o município. Uma distorção histórica tem considerado o 19 de setembro como data da emancipação do município.
29 de novembro de 1924 – Liberação de recursos autorizada pela Lei nº 15 para impressão do jornal “Villa Matipóo”.
10 de setembro de 1925 – Elevação da vila de Raul Soares á categoria de cidade, conforme a Lei estadual nº 893.
26 de novembro de 1931–Fundação do Instituto Orion, com os cursos primário, exame de admissão, adaptação e complementar (noturno).
5 de maio de 1933 – Concessão do direito á exploração do serviço de energia elétrica ao município á Empreza (sic) Força e Luz São Sebastião Ltda.
1933/ 1934 - Construção de ponte sobre o córrego de Ubá, ligando as ruas Rufino Rocha e Padre Chiquinho.
12 de abril 1936 – Instalação da Comarca de Raul Soares.
23 de abril de 1936 – Doação pelo Município ao Estado de área de terreno para a construção do Grupo Escolar Benedito Valadares.
1939–Fundação do Ginásio São Sebastião, posteriormente transformado em Instituto São Sebastião, com os cursos ginasial, normal e técnico em contabilidade. o.
1939/1940 – Construção do campo de futebol em terreno da Fazenda Belchior e realização de memoráveis eventos esportivos com a participação de atletas do Esporte Clube Raul Soares (Zédefina, Luiz Grossi, Branco, Gorgonio, Sô Nego . . . ).
1949-Fundação da Associação Esportiva Raul – soarense - AER. Sucessora do Esporte Clube Raul Soares e Clube dos Onze Amigos.
1 de janeiro de 1948 – Criação do Conselho Particular Vicentino de Raul Soares.
1948-O funcionamento de um serviço de alto-falante no centro da cidade foi do agrado da população que acompanhava avidamente e com prazer os comentários, notícias e músicas que transmitia, e de um modo especial, a Hora de Ângelus, na voz de José Bastos e textos do Prof. Dr. Hugo Leão.
1 de junho de 1948 – Publicação da edição nº 1 do jornal A Voz do Estudante, criado pelos alunos do Ginásio São Sebastião.
28 de agosto de 1949 – Fundação do Operário Futebol Clube.
25 de outubro de 1949-Aquisição de área de terreno localizada na Rua Camilo de Moura (atual Rua Dr. Gerardo Grossi), medindo 16,65 metros de frente por 33,00 metros de fundos, Livro 3 – C. fls. 263, registro nº. 5.981, destinado á construção do prédio-sede da Prefeitura Municipal de Raul Soares efetivada na década de 60.
1950-Fundação do Ferroviário Futebol Clube. De curta e vitoriosa existência.
7 de novembro de 1951 – Inauguração da ponte 7 de Setembro, sobre o rio Matipó, também conhecida por ponte do Belchior e ponte do Colosso da Mata.
2 de abril de 1952 - Aquisição de uma área de 18.390 m2. na Fazenda Oriente (Belchior Teixeira de Almeida) utilizada para a construção do Matadouro Municipal e Cadeia Pública.
7 de julho de 1953 – Criação do Grupo Escolar Cel. João Domingos, através do decreto nº. 3595; instalado em 16 de julho de 1953. Municipalizado em 1998.
11 de outubro de 1953 - Benção da pedra fundamental do prédio do Hospital São Sebastião, Rua Adelino Azevedo.
1957-Publicação do jornal “O Chaveco”. “Menino nanico, malcriado e útil. Traz a marca da juventude de seus responsáveis. É alegre, inquieto e loquaz.” (O Imparcial nº 25 de 27 de janeiro de 1957).
1957-Novidade no esporte: A.A. COFARMA (comércio e farmácias) tendo como treinador Cláudio Barbosa.
2 de março de 1958 – Constituição da Telefônica de Raul Soares S/A, encampada pela Telefônica de Minas Gerais – TELEMIG, em 1988.
8 de junho de 1960-Criação do Grupo Escolar Afonso Vaz pelo Governo do Estado nos conforme Decreto nº 5811.Municipalizado em 12 de fevereiro de 1998.
30 de setembro de 1960 – Liberação de imóvel pelo Governo do Estado para Cadeia Pública.
1 de novembro de 1961 – Fundação da Corporação Musical raul – soarense, com estatutos publicados no jornal Minas Gerais, em 12 de novembro de 1961, registrados sob o nº 25, no Cartório de Pessoas Jurídicas da Comarca de Raul Soares, Livro A, fls. 22 a 26.
14 de setembro de 1964-Criação do Colégio Normal Oficial Regina Pacis pelo Decreto Lei nº 3/94- Portaria nº 144/65.
5 de julho de 1965 – Destinação de dois imóveis, localizados na Av. Benedito Valadares, totalizando 240 metros quadrados, para a ampliação da área do antigo Fórum (vide item “23 de novembro de 1923”) e construção do Fórum José Grossi.
30 de janeiro de 1967-Fundação do SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto
1967-Fundação da APROMAI - Associação de Proteção á Maternidade e á Infância.
15 de outubro de 1967-Fundação do Lions Clube de Raul Soares.
3 de março de 1969 – Inauguração oficial do Ginásio Professor Edward Leão.
15 de março de 1975–Início de construção da casa para os idosos no Bairro Dr. Durval Grossi, em terreno doado á APROVE pelo Município.
1970-Publicação pelos alunos do Colégio Regina Paccis dos jornais “O Furacão” e “O Martelo”.
1970-Fundação da Rádio Entre - Rios AM.
25 de julho de 1977-Início das atividades da CEMIG em Raul Soares.
15 de setembro de 1978–Início de atendimento do asilo da Associação de Proteção á Velhice – APROVE aos idosos de Raul Soares.
20 de maio de 1985-Criação da creche da APROMAI – Associação de Proteção á Maternidade e á Infância, com sede á Rua Rufino Rocha em prédio construído originariamente para sede do Tiro de Guerra 95, encostado em 1955.
21 de setembro de 1985 - Inauguração do Ginásio Poliesportivo Leopoldo Bessone.
1985 – Fundação da Folha de Raul Soares/Jornal de Raul Soares.
1987-Fundação do curso de línguas Go-Ahed.
1987- Construção da ponte sobre o Rio Matipó ligando a Rua Bom Jesus á Vila Parente e á Rua Padre Chiquinho.
7 de abril de 1990 - Inauguração oficial da APAE – Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais.
11 de junho de 1990-Fundação da ASSECRAS – Associação Estudantil Comunitária de Raul Soares (ETI - Escola Técnica de Informática-Curso Técnico em Informática – Portaria SEE 544/94 de 08/05/94; Ensino Fundamental- Portaria SEE 893/94 de 02/08/94 e Curso Técnico em Enfermagem – Portaria SEE 739/2007 de 07/07/2007).
23 de abril de 1992–Fundação do NÚCLEO DO CÂNCER – Sociedade de Prevenção e Assistência aos Cancerosos de Raul Soares (SOPAC).
28 de maio de 1992 – Doação pelo Estado de Minas Gerais ao Município de Raul Soares de imóveis localizados á Av. Profª. Elza Bacelar, conforme a Lei nº. 10.755, matrícula nº. M – 6.617, em 18 de maio de 1994 - Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Raul Soares.
1990 / 1996 – Revitalização do centro da cidade com o capeamento dos pontilhões ferroviários, construção das praças Vivi Menezes, Cultura e Ade Grossi, parquinho infantil, Casa da Cultura, Terminal Rodoviário e Mercado do Produtor.
1994 / 1996 – Construção e inauguração da sede própria do NÚCLEO DO CÂNCER-Sociedade de Prevenção e Assistência aos Cancerosos (SOPAC), á Rua Adelino Azevedo. Trabalho conjunto do Clube da Amizade, Prefeitura Municipal e comunidade.
Abrll/1995-Publicação do informativo nº 1 NEWS da Associação Educacioal Comunitária de Raul Soares – ASSECRAS.
1996 - Outorga á PMMG de direito real de uso para construção de Posto Policial á Av. Profª. Elza Bacelar.
17 de setembro de 1996 – Outorga ao Sindicato Rural de Raul Soares de direito real de uso de área de terreno localizado á Av. Profª Elza Bacelar, para sede do sindicato e regularização do funcionamento do Parque de Exposição Agropecuária Prefeito Wiron Francisco de Souza Xavier.
31 de outubro de 1996 - Compra ao Banco do Brasil S/A, pelo Município, de prédio localizado na praça Dr. Durval Grossi nº. 16 – conforme escritura matrícula nº. 7.207, em 4 de novembro de 1996 - Cartório de Imóveis da Comarca de Raul Soares.
1º de janeiro de 1997-Autonomia administrativa e independência financeira da Câmara Municipal de Raul Soares, com sede própria á praça Dr. Durval Grossi-16.
6 de março de 1997-Fundação da ASCOMIS-Associação Comunitária da Imagem e do Som de Raul Soares.
2 de junho de 1997-A Lei nº 1651 (municipal) declara de utilidade pública a APAVAMA-Associação dos Pescadores do Vale do Matipó.
1997 / 2003 – Publicação na Folha de Raul Soares/Jornal de Raul Soares de fatos relevantes da história de Raul Soares, por José Geraldo Leal, sob os títulos Nossa Terra – Nossa Gente e Fragmentos da História de Raul Soares.
26 de fevereiro de 1998-Fundação da Rádio UAI-FM. Funcionaram, ainda, em Raul Soares, as Rádios Via Pop-FM; Cidade-FM e Líder - FM, com atividades suspensas pelo órgão fiscalizador do Ministério das Comunicações.
1998-Fundação do jornal Dia-a-Dia do Estudante pela Escola Municipal Coronel João Domingos.
Novembro/98-Publicação do informativo nº 1 UAI, da ASCOMIS-Associação Comunitária da Imagem e do Som de Raul Soares.
17 de abril de 1999-Acesso á rede mundial de computadores através do provedor SIGNET.
Junho de 1999-Publicação da plaquette História da Câmara Municipal de Raul Soares contemplando os anos legislativos de 1924 a 2000. Autor: José Geraldo Leal.
Setembro de 1999-Publicação da edição nº 1 do jornal Segunda Via pela Stella Maris Representações/ Swami Barbosa.
2000–Inauguração da Capela Velório.
2000-Publicação do livro Hospital São Sebastião de Raul Soares, relatando passagens da construção e funcionamento do hospital. Autor: Dr. Wilson Elias Salomão.
2001-Fundação do jornal Expressão Popular.
11 de julho de 2002-Fundação da Faculdade de Educação e Estudos Sociais de Raul Soares pela Universidade Presidente Antonio Carlos – UNIPAC.
Agosto de 2002-Instalação da escola CCAA (rede de ensino de idiomas).
2003-Criação da Associação Esperança – Cemitério Comunitário.
2004-Criação do Informativo Santuário São Sebastião, publicação mensal da Paróquia São Sebastião.
25 de junho de 2004–Inauguração do Posto de Assistência Médica Dr. Ardim Rodrigues Costa, localizado na Av. Elza Bacelar.
8 de setembro de 2004-Fundação do Motoclube Canários do Asfalto.
24 de agosto de 2005-Funcionamento aprovado do Colégio Darwin.
Outubro de 2005–Publicação da edição nº 1 do jornal Beneditando, da Escola Estadual Benedito Valadares
17 de novembro de 2007– Cerimônia da primeira promessa escoteira do 26º Grupo Escoteiro Boachás realizada no Parque de Exposição de Raul Soares. O ano de 2007 registra o Centenário do Movimento Escoteiro que tem como marco o acampamento experimental que Baden – Powell, idealizador do movimento, realizou no ano de 1907 na ilha Brownsea, Inglaterra.
1837 - Cassimiro de Lanna e Domingos de Lanna, procedentes de Mariana (MG) e residentes em Abre Campo (MG), chegaram ás ínvias paragens á beira do rio Matipóo tomando posse das ricas matas do Boachá, nome originário de um índio decrépito que ali morava, á margem direita do referido rio.
3 de fevereiro de 1903 – A Lei municipal n.º 146, do município de Ponte Nova (MG), criou o distrito de São Sebastião de Entre Rios.
As razões para a denominação: Adoção do nome do santo padroeiro e localização entre os rios “Matipó” e “Sant Ana”.
30 de agosto de 1911–A Lei estadual n.º 556 desmembrou de Ponte Nova o município de Rio Casca (MG). São Sebastião de Entre Rios passou, então, a ser distrito de Rio Casca (MG).
1916 – Presença da Estrada de Ferro Leopoldina Railway no distrito de São Sebastião de Entre Rios, movimentando a estação de Matipóo.
16 de junho de 1918-Convocação para eleição de diretoria do Matipóo Foot-bal Club, publicada na edição nº 8 do jornal O Entre Rios.
22 de novembro de 1922-Fundação da Loja Maçônica Esperança no Arquiteto.
7 de setembro de 1923 – Emancipação do distrito de São Sebastião de Entre Rios, através da Lei estadual nº. 843, com a denominação de Matipóo, na categoria de vila.
23 de novembro de 1923 – Doação de imóvel com 756 metros quadrados, localizado na Av. Benedito Valadares, para o Fórum de Raul Soares.
20 de janeiro de 1924 - Instalação da Câmara Municipal de Matipóo.
15 de junho de 1924 – Fundação da Sociedade São Vicente de Paulo, uma entidade de notória importância em todo o mundo, fundada na França por Frederico Ozanam.
19 de setembro de 1924 - Lei estadual nº. 862 alterando a denominação de Matipóo para Raul Soares, ainda na categoria de vila. A denominação de Raul Soares foi uma homenagem ao presidente (governador) do estado de Minas Gerais, Dr. Raul Soares de Moura, falecido em 4 de agosto de 1924,autor da lei que em 7 de setembro de 1923 criou o município. Uma distorção histórica tem considerado o 19 de setembro como data da emancipação do município.
29 de novembro de 1924 – Liberação de recursos autorizada pela Lei nº 15 para impressão do jornal “Villa Matipóo”.
10 de setembro de 1925 – Elevação da vila de Raul Soares á categoria de cidade, conforme a Lei estadual nº 893.
26 de novembro de 1931–Fundação do Instituto Orion, com os cursos primário, exame de admissão, adaptação e complementar (noturno).
5 de maio de 1933 – Concessão do direito á exploração do serviço de energia elétrica ao município á Empreza (sic) Força e Luz São Sebastião Ltda.
1933/ 1934 - Construção de ponte sobre o córrego de Ubá, ligando as ruas Rufino Rocha e Padre Chiquinho.
12 de abril 1936 – Instalação da Comarca de Raul Soares.
23 de abril de 1936 – Doação pelo Município ao Estado de área de terreno para a construção do Grupo Escolar Benedito Valadares.
1939–Fundação do Ginásio São Sebastião, posteriormente transformado em Instituto São Sebastião, com os cursos ginasial, normal e técnico em contabilidade. o.
1939/1940 – Construção do campo de futebol em terreno da Fazenda Belchior e realização de memoráveis eventos esportivos com a participação de atletas do Esporte Clube Raul Soares (Zédefina, Luiz Grossi, Branco, Gorgonio, Sô Nego . . . ).
1949-Fundação da Associação Esportiva Raul – soarense - AER. Sucessora do Esporte Clube Raul Soares e Clube dos Onze Amigos.
1 de janeiro de 1948 – Criação do Conselho Particular Vicentino de Raul Soares.
1948-O funcionamento de um serviço de alto-falante no centro da cidade foi do agrado da população que acompanhava avidamente e com prazer os comentários, notícias e músicas que transmitia, e de um modo especial, a Hora de Ângelus, na voz de José Bastos e textos do Prof. Dr. Hugo Leão.
1 de junho de 1948 – Publicação da edição nº 1 do jornal A Voz do Estudante, criado pelos alunos do Ginásio São Sebastião.
28 de agosto de 1949 – Fundação do Operário Futebol Clube.
25 de outubro de 1949-Aquisição de área de terreno localizada na Rua Camilo de Moura (atual Rua Dr. Gerardo Grossi), medindo 16,65 metros de frente por 33,00 metros de fundos, Livro 3 – C. fls. 263, registro nº. 5.981, destinado á construção do prédio-sede da Prefeitura Municipal de Raul Soares efetivada na década de 60.
1950-Fundação do Ferroviário Futebol Clube. De curta e vitoriosa existência.
7 de novembro de 1951 – Inauguração da ponte 7 de Setembro, sobre o rio Matipó, também conhecida por ponte do Belchior e ponte do Colosso da Mata.
2 de abril de 1952 - Aquisição de uma área de 18.390 m2. na Fazenda Oriente (Belchior Teixeira de Almeida) utilizada para a construção do Matadouro Municipal e Cadeia Pública.
7 de julho de 1953 – Criação do Grupo Escolar Cel. João Domingos, através do decreto nº. 3595; instalado em 16 de julho de 1953. Municipalizado em 1998.
11 de outubro de 1953 - Benção da pedra fundamental do prédio do Hospital São Sebastião, Rua Adelino Azevedo.
1957-Publicação do jornal “O Chaveco”. “Menino nanico, malcriado e útil. Traz a marca da juventude de seus responsáveis. É alegre, inquieto e loquaz.” (O Imparcial nº 25 de 27 de janeiro de 1957).
1957-Novidade no esporte: A.A. COFARMA (comércio e farmácias) tendo como treinador Cláudio Barbosa.
2 de março de 1958 – Constituição da Telefônica de Raul Soares S/A, encampada pela Telefônica de Minas Gerais – TELEMIG, em 1988.
8 de junho de 1960-Criação do Grupo Escolar Afonso Vaz pelo Governo do Estado nos conforme Decreto nº 5811.Municipalizado em 12 de fevereiro de 1998.
30 de setembro de 1960 – Liberação de imóvel pelo Governo do Estado para Cadeia Pública.
1 de novembro de 1961 – Fundação da Corporação Musical raul – soarense, com estatutos publicados no jornal Minas Gerais, em 12 de novembro de 1961, registrados sob o nº 25, no Cartório de Pessoas Jurídicas da Comarca de Raul Soares, Livro A, fls. 22 a 26.
14 de setembro de 1964-Criação do Colégio Normal Oficial Regina Pacis pelo Decreto Lei nº 3/94- Portaria nº 144/65.
5 de julho de 1965 – Destinação de dois imóveis, localizados na Av. Benedito Valadares, totalizando 240 metros quadrados, para a ampliação da área do antigo Fórum (vide item “23 de novembro de 1923”) e construção do Fórum José Grossi.
30 de janeiro de 1967-Fundação do SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto
1967-Fundação da APROMAI - Associação de Proteção á Maternidade e á Infância.
15 de outubro de 1967-Fundação do Lions Clube de Raul Soares.
3 de março de 1969 – Inauguração oficial do Ginásio Professor Edward Leão.
15 de março de 1975–Início de construção da casa para os idosos no Bairro Dr. Durval Grossi, em terreno doado á APROVE pelo Município.
1970-Publicação pelos alunos do Colégio Regina Paccis dos jornais “O Furacão” e “O Martelo”.
1970-Fundação da Rádio Entre - Rios AM.
25 de julho de 1977-Início das atividades da CEMIG em Raul Soares.
15 de setembro de 1978–Início de atendimento do asilo da Associação de Proteção á Velhice – APROVE aos idosos de Raul Soares.
20 de maio de 1985-Criação da creche da APROMAI – Associação de Proteção á Maternidade e á Infância, com sede á Rua Rufino Rocha em prédio construído originariamente para sede do Tiro de Guerra 95, encostado em 1955.
21 de setembro de 1985 - Inauguração do Ginásio Poliesportivo Leopoldo Bessone.
1985 – Fundação da Folha de Raul Soares/Jornal de Raul Soares.
1987-Fundação do curso de línguas Go-Ahed.
1987- Construção da ponte sobre o Rio Matipó ligando a Rua Bom Jesus á Vila Parente e á Rua Padre Chiquinho.
7 de abril de 1990 - Inauguração oficial da APAE – Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais.
11 de junho de 1990-Fundação da ASSECRAS – Associação Estudantil Comunitária de Raul Soares (ETI - Escola Técnica de Informática-Curso Técnico em Informática – Portaria SEE 544/94 de 08/05/94; Ensino Fundamental- Portaria SEE 893/94 de 02/08/94 e Curso Técnico em Enfermagem – Portaria SEE 739/2007 de 07/07/2007).
23 de abril de 1992–Fundação do NÚCLEO DO CÂNCER – Sociedade de Prevenção e Assistência aos Cancerosos de Raul Soares (SOPAC).
28 de maio de 1992 – Doação pelo Estado de Minas Gerais ao Município de Raul Soares de imóveis localizados á Av. Profª. Elza Bacelar, conforme a Lei nº. 10.755, matrícula nº. M – 6.617, em 18 de maio de 1994 - Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Raul Soares.
1990 / 1996 – Revitalização do centro da cidade com o capeamento dos pontilhões ferroviários, construção das praças Vivi Menezes, Cultura e Ade Grossi, parquinho infantil, Casa da Cultura, Terminal Rodoviário e Mercado do Produtor.
1994 / 1996 – Construção e inauguração da sede própria do NÚCLEO DO CÂNCER-Sociedade de Prevenção e Assistência aos Cancerosos (SOPAC), á Rua Adelino Azevedo. Trabalho conjunto do Clube da Amizade, Prefeitura Municipal e comunidade.
Abrll/1995-Publicação do informativo nº 1 NEWS da Associação Educacioal Comunitária de Raul Soares – ASSECRAS.
1996 - Outorga á PMMG de direito real de uso para construção de Posto Policial á Av. Profª. Elza Bacelar.
17 de setembro de 1996 – Outorga ao Sindicato Rural de Raul Soares de direito real de uso de área de terreno localizado á Av. Profª Elza Bacelar, para sede do sindicato e regularização do funcionamento do Parque de Exposição Agropecuária Prefeito Wiron Francisco de Souza Xavier.
31 de outubro de 1996 - Compra ao Banco do Brasil S/A, pelo Município, de prédio localizado na praça Dr. Durval Grossi nº. 16 – conforme escritura matrícula nº. 7.207, em 4 de novembro de 1996 - Cartório de Imóveis da Comarca de Raul Soares.
1º de janeiro de 1997-Autonomia administrativa e independência financeira da Câmara Municipal de Raul Soares, com sede própria á praça Dr. Durval Grossi-16.
6 de março de 1997-Fundação da ASCOMIS-Associação Comunitária da Imagem e do Som de Raul Soares.
2 de junho de 1997-A Lei nº 1651 (municipal) declara de utilidade pública a APAVAMA-Associação dos Pescadores do Vale do Matipó.
1997 / 2003 – Publicação na Folha de Raul Soares/Jornal de Raul Soares de fatos relevantes da história de Raul Soares, por José Geraldo Leal, sob os títulos Nossa Terra – Nossa Gente e Fragmentos da História de Raul Soares.
26 de fevereiro de 1998-Fundação da Rádio UAI-FM. Funcionaram, ainda, em Raul Soares, as Rádios Via Pop-FM; Cidade-FM e Líder - FM, com atividades suspensas pelo órgão fiscalizador do Ministério das Comunicações.
1998-Fundação do jornal Dia-a-Dia do Estudante pela Escola Municipal Coronel João Domingos.
Novembro/98-Publicação do informativo nº 1 UAI, da ASCOMIS-Associação Comunitária da Imagem e do Som de Raul Soares.
17 de abril de 1999-Acesso á rede mundial de computadores através do provedor SIGNET.
Junho de 1999-Publicação da plaquette História da Câmara Municipal de Raul Soares contemplando os anos legislativos de 1924 a 2000. Autor: José Geraldo Leal.
Setembro de 1999-Publicação da edição nº 1 do jornal Segunda Via pela Stella Maris Representações/ Swami Barbosa.
2000–Inauguração da Capela Velório.
2000-Publicação do livro Hospital São Sebastião de Raul Soares, relatando passagens da construção e funcionamento do hospital. Autor: Dr. Wilson Elias Salomão.
2001-Fundação do jornal Expressão Popular.
11 de julho de 2002-Fundação da Faculdade de Educação e Estudos Sociais de Raul Soares pela Universidade Presidente Antonio Carlos – UNIPAC.
Agosto de 2002-Instalação da escola CCAA (rede de ensino de idiomas).
2003-Criação da Associação Esperança – Cemitério Comunitário.
2004-Criação do Informativo Santuário São Sebastião, publicação mensal da Paróquia São Sebastião.
25 de junho de 2004–Inauguração do Posto de Assistência Médica Dr. Ardim Rodrigues Costa, localizado na Av. Elza Bacelar.
8 de setembro de 2004-Fundação do Motoclube Canários do Asfalto.
24 de agosto de 2005-Funcionamento aprovado do Colégio Darwin.
Outubro de 2005–Publicação da edição nº 1 do jornal Beneditando, da Escola Estadual Benedito Valadares
17 de novembro de 2007– Cerimônia da primeira promessa escoteira do 26º Grupo Escoteiro Boachás realizada no Parque de Exposição de Raul Soares. O ano de 2007 registra o Centenário do Movimento Escoteiro que tem como marco o acampamento experimental que Baden – Powell, idealizador do movimento, realizou no ano de 1907 na ilha Brownsea, Inglaterra.
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Comércio e Indústria
Pioneiros em Raul Soares
O distrito de São Sebastião de Entre Rios, que foi criado em 3 de fevereiro de 1903 e que se tornou o município de Matipóo, em 7 de setembro de 1923, na categoria de Vila, com nomenclatura alterada para Raul Soares em 19 de setembro de 1924, ocupava uma grande extensão territorial (892 Km2.). Suas terras cobertas de uma vegetação exuberante; uma densa floresta e situação geográfica privilegiada, despertaram a atenção dos empresários e homens de negócios da região.
As terras ubérrimas incentivaram o cultivo de cereais (arroz, milho, feijão). As lavouras de café engalanaram os campos. O gado bovino se fez presente. As matas motivaram as primeiras iniciativas industriais - as serrarias.
Os trilhos da Estrada de Ferro Leopoldina, chegados em 1916, e a inauguração da estação de Matipóo, dinamizaram as atividades do lugar. Os produtos locais e da região passavam pela estação de Matipóo com destino ao Rio de Janeiro, capital do Pais.
O comércio cresceu e prosperou.
Empresários de outras praças chegaram a Villa de Matipóo certos de que os seus investimentos teriam bom retorno.
A criação de aves (galinhas) tornou-se uma atividade interessante, ante a simplicidade da exploração, o baixo custo do investimento e a forte demanda; muitos eram os compradores de aves e ovos para remessa para a Capital Federal, por via férrea.
Rodolpho Batista, negociante de gêneros produzidos no Brasil anunciava a sua condição de comprador de qualquer quantidade de ovos e galinhas.
Manoel Alvarez, espanhol, foi um dos grandes compradores de aves e ovos em Raul Soares.
Durante muito tempo, o nosso saudoso Nico Zoia foi um ativo comerciante do ramo.
No comércio de São Sebastião de Entre Rios participavam ativamente:Aristides Pancrácio Alves de Souza, no ramo de farmácia; Rufino Martha da Rocha, “negociante de fazendas, armarinhos, ferragens, calçados, louças, arreios, chapéus de sol e de cabeça e também proprietário de uma boa farmácia.“; João Domingos da Silva, explorava o mesmo ramo de Rufino Rocha, com exceção de farmácia, e mais: comercializava café, em alta escala, vendia sal, querosene, cal, farinha de trigo, arame farpado e outros artigos (A Sentinella-1917); Casa Brandão, de Brandão & Sobrinho, comerciava fazendas, armarinhos, ferragens, perfumarias, louças, calçados, chapéus, operavam uma excelente máquina para beneficiar café e arroz, como informavam em seus reclames pela imprensa; a Casa Rocha - O Empório da Barateza -, de Leopoldino Rocha, vendia também fazendas, armarinhos, louças e roupas feitas; Fraga, Irmão & Comp., negociantes, intermediários e compradores de café, vendas por atacado e a varejo, recebendo cargas em consignação e café para despachar ou encostar, depositários da Standard Oil Company of Brasil, com Casa Matriz em Santa Luzia de Carangola e filiais no Rio e nas estações de Manhuaçu, Jequitibá, Manhumirim, além de Matipóo. Estoque permanente de sal, querosene, farinha de trigo, ferragens etc. (Noticias do jornal 0 Entre Rios – 1918).
Assad Chequer & Cia., distribuidor do cimento Mauá, um produto da Cia. de Cimento Portland, do Rio de Janeiro, comerciante de materiais de construção, ferragens grossas, material elétrico em geral. Assad Chequer, na década de 30, teve ainda o mérito de liderar a instalação de uma usina hidroelétrica e muitos anos após , juntamente com o filho José Sad, foi o responsável pela montagem de uma moderna serraria na rua Juca Amâncio; Salim & Irmão, com casa matriz em Raul Soares, anunciava-se comprador de café, em grande escala, cereais e suínos e comercialização de máquinas para café e arroz; Messias Silva, estabelecido na Praça da Estação com armazém de cereais, sal, querosene, agente da Atlantic Refining Comp. of Brasil, instalou a primeira torrefação de café de Raul Soares - o café Tupam; Pedro Gariglio Sobrinho, com estabelecimentos agrupados sob o sugestivo título de Industrias Reunidas Brasil, á rua Lindolfo Campos, era um dos grandes comerciantes de Raul Soares: comprador de café e cereais em grande escala, beneficiador de café e arroz, moinho de fubá e padaria fundada em 6 de junho de 1923, oferecendo diariamente pães doce e de sal, roscas, bolachas secas e especial fabricadas com farinha de primeira qualidade; alguns anos depois Calixto Antônio também participou do mercado de panificação. Mais adiante, Sílvio Nogueira de Castro, que ainda permanece atuante, se lançou no mercado de panificação; José Pereira Lisboa, comprador de café em alta escala á rua da Estação; fundador da Associação Comercial, Industrial e Lavoura de Raul Soares; Nicolau Simas, difundiu cultura vendendo livros e editando o jornal Raul Soares tendo impresso dois livros do Prof. Edward Leão (Alma Errante e Tapera Ensolarada). As atividades da Tipografia Americana remontam á década de 20; José de Oliveira (Juquinha de Oliveira), estabelecido á rua Lindolfo Campos com o comércio de ferragens, louças, armarinho, calçados, perfumarias, miudezas, mantimentos e molhados com o título comercial A Esperança.; José Natalino, estabelecido á praça Olegário Maciel (atualmente Av. Prefeito Wilson Damião) com o Bar Natalino, oferecia á população serviços de bilhares e snooker, artigos de papelaria, livros em branco para o comércio, tintas, doces, frutas, cigarros, conservas, biscoitos, bombons, objetos para presente; Rossine Ribeiro de Castro, com o seu Mercadinho Central vendia artigos bons e baratos (mantimentos em geral, conservas de todas as qualidades, bebidas, fumos, doces, biscoitos, balas, queijos, graxas, tintas etc.) (Raul Soares, semanário independente–abril de 1936); Moacyr Búbula, com comércio e secos e molhados á rua Pe. Chiquinho, Hermogenes Lobo também com estabelecimento comercial na rua Pe. Chiquinho Lobo; Joaquim Ribeiro de Castro, com o Bazar Fortaleza, comércio de tecidos e ferragens, sucedido por José da Silva Maia (Bazar São Cristóvão); José Fernandes Leal, com o título A Sempre Viva, na rua Bom Jesus, com comércio de cereais, armarinho e compra de arroz e feijão; Augusto, Nelson e Adalberto Noronha, pai e filhos, que deixaram uma forte marca na vida comercial de Raul Soares, pela operosidade e integridade que imprimiam aos seus negócios; José Sabbagh e Nicolau Sabbagh, com o inolvidável Colosso da Mata, tiveram uma presença marcante na vida do município; os irmãos Valle (Fernando, Francisco e Jonathas), com início na década de 30, com A Casa das Novidades, o Hotel Brasil e mais adiante com a Autominas (venda de veículos) muito fizeram para o crescimento e modernização do comércio de Raul Soares; as duas Casas Sampaio, de forte penetração popular, geridas pelos irmãos José Aleixo Sampaio e Osvaldo Sampaio; as Casas Pernambucanas, também acreditaram no potencial de desenvolvimento de Raul Soares aqui instalando um estabelecimento comercial com mercadoria (tecidos de qualidade); Jayme Peixoto, com a sua União, foi um comerciante muito criativo; comprador de café, industrial, participou e colaborou ativamente para o crescimento e desenvolvimento de Raul Soares.
No ramo hoteleiro o Hotel Silveira é uma das referências nos idos de 1918, a Pensão dos Milagres teve o seu tempo no centro da cidade, O Hotel Natalino um marco no ramo hoteleiro. Importante, ainda, a lembrança da Pensão do Licério, também na área central da cidade bem como a Pensão do Otávio Chaves e o Hotel do Careca.
Na área industrial os primeiros estabelecimentos foram as serrarias, facilmente explicável, pela fartura de madeira. Armando Sodré, empresário, com muitas propriedades agrícolas (Serra, Recreio, Taquarussú, Cachoeira Alegre, Matipóo e Capichaba) dava notícia no jornal Raul Soares, edição de 12 de abril de 1936, de suas metas: exportação de madeiras em bruto e serradas em alta escala e a existência de uma serraria em Raul Soares e depósito de madeiras com carpintaria em Belo Horizonte na avenida do Contorno; José Molinari, proprietário da Serraria São José anunciava ter sempre em estoque madeiras serradas em tábuas, caibros, ripas, engradamentos de diversas bitolas, etc., para venda por atacado e a varejo a preços vantajosos e que possuindo matas próprias aceitava encomendas que seriam executadas com o máximo cuidado e presteza; J. S. Mota & Cia. Ltda., exportadores em alta escala de madeiras em toras e serradas para móveis e construções, operava em Raul Soares com uma grande serraria á rua Pe. Chiquinho - a Serraria Mota, com depósito á rua Aarão Reis, em Belo Horizonte (MG); Dr. Manoel Máximo Barbosa, também era proprietário de uma serraria em Raul Soares e depósito em Belo Horizonte; a Serraria Andrade, de José Martins Andrade, localizada na rua Pe. Chiquinho também participou do mercado de madeira. José Andrade foi também um dos grandes produtores rurais do município. Com a exaustão das reservas florestais a atividade foi-se reduzindo paulatinamente.
Césare Augusto Tartaglia foi um exemplo de trabalho e pertinácia na busca de seus objetivos. Nos anos 30 esteve estabelecido em Raul Soares com oficina mecânica em geral: niquelagem e oxidação em armas e ferramentas, reparações em máquinas frigorificas e caminhões e uma fábrica de gelo, sorvetes, picolés etc. (Sorveteria Ideal). Foi o responsável por dois dos principais projetos industriais no município de Raul Soares: A fábrica de enxadas Tarza, inicialmente em parceria com José Raimundo Nogueira de Souza, sob os auspícios da firma Tartaglia & Souza, e a partir de abril de 1946, constituindo a Industrial São Sebastião Ltda. tendo como sócios: Armando Sodré, Gerardo Grossi, José Sinfronio de Castro, Luiz Grossi, Chafith Sad e Bernardino Aladino Caldas. O outro projeto de Tartaglia foi uma fábrica de Eletrodos que transferido a terceiros, em virtude de doença do empresário, não teve prosseguimento.
Na década de 30 Ângelo Dominato (Neném Dominato ou Neném do Macarrão) instalou uma fábrica de macarrão na rua Pe. Chiquinho.
Industrial São José, uma empresa de Altivo Rodrigues de Matos,oficina mecânica com fundição de ferro e bronze, fabricante da máquina de marca Vulcão para beneficiar café, engenhos de cana, moinhos para fubá, máquinas para arroz, turbinas PELTON, tubulações etc. Comprador e exportador de madeiras. Matos foi, ainda, concessionário do cimento Cauê, vendendo também açúcar. Um dos desafios que enfrentou com relativo sucesso foi a fabricação de refrigerantes.
José Pascoal em anúncio de jornal dizia: “comunica a sua distinta freguesia que já tem instalado em sua Oficina Mecânica São Geraldo á rua Camilo de Moura n.º 31, um torno mecânico grande, com capacidade para tornear qualquer tipo de carcassa para caminhões e peças grandes em geral.”
Finalmente, é importante referirmo-nos ás casas comerciais Casa Caboclo, de Gomes, Filho & C., sucessores de Gomes & Filho, comerciantes de sal, querosene, farinha de trigo e um grande sortimento de fazendas, armarinho, ferragens, calçados, chapéus, perfumaria e muitos outros artigos, agentes da Anglo Mexican Petroleum Co. Ltd., depositários do afamado querosene Aurora e da gasolina Energina; compradores de café e cereais, recebendo cargas em consignação e café para encosta e despachar; Casa Galvão, de Luiz Abreu Galvão & C., comerciantes de fazendas, armarinho, modas, calçados, ferragens e muitas novidades tendo sempre em depósito sal, cal, cimento, tintas, óleos, fósforo. Compradores e exportadores de café e cereais. Depositários do querosene Jacaré e da gasolina Motano, também recebendo cargas á consignação e café para encostar e despachar; Silva, Cunha & Comp., exportadores de capados, toucinho, lombo, banha e cereais; Canuto, Silva & C. (A Esperança), com comércio de fazendas, armarinho, roupas, perfumaria, secos e molhados; Chaves & Brandão, com ferragens, calçados, louças e muitos outros artigos de primeira ordem. Compradores de cereais e capados; Francisco Abrantes Costa (Chiquinho Costa), com moinho para fubá na rua Pe. Chiquinho, e que teve como sucessor José Elias, com familiares que ainda hoje mourejam no mesmo local, com uma linha maior e mais sofisticada de produtos; Juquinha Liberato, operou uma fábrica de farinha na rua Pe. Chiquinho e, posteriormente, foi proprietário da Padaria Central, sucedendo a Calixto Antonio que se transferiu para Juiz de Fora.
Outros pioneiros, como José Nagem, Joaquim Avelino, Francisco Maia (compradores de cereais), Geraldo Carvalho – Casa Imperial, Florentino Fernandes – Casa Fernandes, Oriel Moreira Pinto, e certamente muitos outros, que, por um lapso de memória não estão aqui registrados, - todos - , colaboraram efetivamente para a dinamização e desenvolvimento comercial de Raul Soares.
E muito se tem que dizer e lembrar do trabalho diuturno e dedicado do abnegado farmacêutico José Lopes Baião, o Prof. Baião, e do farmacêutico Antonio Gomes de Barros, ambos imbuídos do mesmo espírito de vida e solidariedade humana dos farmacêuticos Aristides Pancrácio Alves de Souza e Rufino Marta da Rocha, cuidando da saúde de nossos antepassados do distrito de São Sebastião de Entre Rios (1903), do município Villla de Matipóo (1923), do município Villa de Raul Soares (1924) e da cidade de Raul Soares (1925).
O distrito de São Sebastião de Entre Rios, que foi criado em 3 de fevereiro de 1903 e que se tornou o município de Matipóo, em 7 de setembro de 1923, na categoria de Vila, com nomenclatura alterada para Raul Soares em 19 de setembro de 1924, ocupava uma grande extensão territorial (892 Km2.). Suas terras cobertas de uma vegetação exuberante; uma densa floresta e situação geográfica privilegiada, despertaram a atenção dos empresários e homens de negócios da região.
As terras ubérrimas incentivaram o cultivo de cereais (arroz, milho, feijão). As lavouras de café engalanaram os campos. O gado bovino se fez presente. As matas motivaram as primeiras iniciativas industriais - as serrarias.
Os trilhos da Estrada de Ferro Leopoldina, chegados em 1916, e a inauguração da estação de Matipóo, dinamizaram as atividades do lugar. Os produtos locais e da região passavam pela estação de Matipóo com destino ao Rio de Janeiro, capital do Pais.
O comércio cresceu e prosperou.
Empresários de outras praças chegaram a Villa de Matipóo certos de que os seus investimentos teriam bom retorno.
A criação de aves (galinhas) tornou-se uma atividade interessante, ante a simplicidade da exploração, o baixo custo do investimento e a forte demanda; muitos eram os compradores de aves e ovos para remessa para a Capital Federal, por via férrea.
Rodolpho Batista, negociante de gêneros produzidos no Brasil anunciava a sua condição de comprador de qualquer quantidade de ovos e galinhas.
Manoel Alvarez, espanhol, foi um dos grandes compradores de aves e ovos em Raul Soares.
Durante muito tempo, o nosso saudoso Nico Zoia foi um ativo comerciante do ramo.
No comércio de São Sebastião de Entre Rios participavam ativamente:Aristides Pancrácio Alves de Souza, no ramo de farmácia; Rufino Martha da Rocha, “negociante de fazendas, armarinhos, ferragens, calçados, louças, arreios, chapéus de sol e de cabeça e também proprietário de uma boa farmácia.“; João Domingos da Silva, explorava o mesmo ramo de Rufino Rocha, com exceção de farmácia, e mais: comercializava café, em alta escala, vendia sal, querosene, cal, farinha de trigo, arame farpado e outros artigos (A Sentinella-1917); Casa Brandão, de Brandão & Sobrinho, comerciava fazendas, armarinhos, ferragens, perfumarias, louças, calçados, chapéus, operavam uma excelente máquina para beneficiar café e arroz, como informavam em seus reclames pela imprensa; a Casa Rocha - O Empório da Barateza -, de Leopoldino Rocha, vendia também fazendas, armarinhos, louças e roupas feitas; Fraga, Irmão & Comp., negociantes, intermediários e compradores de café, vendas por atacado e a varejo, recebendo cargas em consignação e café para despachar ou encostar, depositários da Standard Oil Company of Brasil, com Casa Matriz em Santa Luzia de Carangola e filiais no Rio e nas estações de Manhuaçu, Jequitibá, Manhumirim, além de Matipóo. Estoque permanente de sal, querosene, farinha de trigo, ferragens etc. (Noticias do jornal 0 Entre Rios – 1918).
Assad Chequer & Cia., distribuidor do cimento Mauá, um produto da Cia. de Cimento Portland, do Rio de Janeiro, comerciante de materiais de construção, ferragens grossas, material elétrico em geral. Assad Chequer, na década de 30, teve ainda o mérito de liderar a instalação de uma usina hidroelétrica e muitos anos após , juntamente com o filho José Sad, foi o responsável pela montagem de uma moderna serraria na rua Juca Amâncio; Salim & Irmão, com casa matriz em Raul Soares, anunciava-se comprador de café, em grande escala, cereais e suínos e comercialização de máquinas para café e arroz; Messias Silva, estabelecido na Praça da Estação com armazém de cereais, sal, querosene, agente da Atlantic Refining Comp. of Brasil, instalou a primeira torrefação de café de Raul Soares - o café Tupam; Pedro Gariglio Sobrinho, com estabelecimentos agrupados sob o sugestivo título de Industrias Reunidas Brasil, á rua Lindolfo Campos, era um dos grandes comerciantes de Raul Soares: comprador de café e cereais em grande escala, beneficiador de café e arroz, moinho de fubá e padaria fundada em 6 de junho de 1923, oferecendo diariamente pães doce e de sal, roscas, bolachas secas e especial fabricadas com farinha de primeira qualidade; alguns anos depois Calixto Antônio também participou do mercado de panificação. Mais adiante, Sílvio Nogueira de Castro, que ainda permanece atuante, se lançou no mercado de panificação; José Pereira Lisboa, comprador de café em alta escala á rua da Estação; fundador da Associação Comercial, Industrial e Lavoura de Raul Soares; Nicolau Simas, difundiu cultura vendendo livros e editando o jornal Raul Soares tendo impresso dois livros do Prof. Edward Leão (Alma Errante e Tapera Ensolarada). As atividades da Tipografia Americana remontam á década de 20; José de Oliveira (Juquinha de Oliveira), estabelecido á rua Lindolfo Campos com o comércio de ferragens, louças, armarinho, calçados, perfumarias, miudezas, mantimentos e molhados com o título comercial A Esperança.; José Natalino, estabelecido á praça Olegário Maciel (atualmente Av. Prefeito Wilson Damião) com o Bar Natalino, oferecia á população serviços de bilhares e snooker, artigos de papelaria, livros em branco para o comércio, tintas, doces, frutas, cigarros, conservas, biscoitos, bombons, objetos para presente; Rossine Ribeiro de Castro, com o seu Mercadinho Central vendia artigos bons e baratos (mantimentos em geral, conservas de todas as qualidades, bebidas, fumos, doces, biscoitos, balas, queijos, graxas, tintas etc.) (Raul Soares, semanário independente–abril de 1936); Moacyr Búbula, com comércio e secos e molhados á rua Pe. Chiquinho, Hermogenes Lobo também com estabelecimento comercial na rua Pe. Chiquinho Lobo; Joaquim Ribeiro de Castro, com o Bazar Fortaleza, comércio de tecidos e ferragens, sucedido por José da Silva Maia (Bazar São Cristóvão); José Fernandes Leal, com o título A Sempre Viva, na rua Bom Jesus, com comércio de cereais, armarinho e compra de arroz e feijão; Augusto, Nelson e Adalberto Noronha, pai e filhos, que deixaram uma forte marca na vida comercial de Raul Soares, pela operosidade e integridade que imprimiam aos seus negócios; José Sabbagh e Nicolau Sabbagh, com o inolvidável Colosso da Mata, tiveram uma presença marcante na vida do município; os irmãos Valle (Fernando, Francisco e Jonathas), com início na década de 30, com A Casa das Novidades, o Hotel Brasil e mais adiante com a Autominas (venda de veículos) muito fizeram para o crescimento e modernização do comércio de Raul Soares; as duas Casas Sampaio, de forte penetração popular, geridas pelos irmãos José Aleixo Sampaio e Osvaldo Sampaio; as Casas Pernambucanas, também acreditaram no potencial de desenvolvimento de Raul Soares aqui instalando um estabelecimento comercial com mercadoria (tecidos de qualidade); Jayme Peixoto, com a sua União, foi um comerciante muito criativo; comprador de café, industrial, participou e colaborou ativamente para o crescimento e desenvolvimento de Raul Soares.
No ramo hoteleiro o Hotel Silveira é uma das referências nos idos de 1918, a Pensão dos Milagres teve o seu tempo no centro da cidade, O Hotel Natalino um marco no ramo hoteleiro. Importante, ainda, a lembrança da Pensão do Licério, também na área central da cidade bem como a Pensão do Otávio Chaves e o Hotel do Careca.
Na área industrial os primeiros estabelecimentos foram as serrarias, facilmente explicável, pela fartura de madeira. Armando Sodré, empresário, com muitas propriedades agrícolas (Serra, Recreio, Taquarussú, Cachoeira Alegre, Matipóo e Capichaba) dava notícia no jornal Raul Soares, edição de 12 de abril de 1936, de suas metas: exportação de madeiras em bruto e serradas em alta escala e a existência de uma serraria em Raul Soares e depósito de madeiras com carpintaria em Belo Horizonte na avenida do Contorno; José Molinari, proprietário da Serraria São José anunciava ter sempre em estoque madeiras serradas em tábuas, caibros, ripas, engradamentos de diversas bitolas, etc., para venda por atacado e a varejo a preços vantajosos e que possuindo matas próprias aceitava encomendas que seriam executadas com o máximo cuidado e presteza; J. S. Mota & Cia. Ltda., exportadores em alta escala de madeiras em toras e serradas para móveis e construções, operava em Raul Soares com uma grande serraria á rua Pe. Chiquinho - a Serraria Mota, com depósito á rua Aarão Reis, em Belo Horizonte (MG); Dr. Manoel Máximo Barbosa, também era proprietário de uma serraria em Raul Soares e depósito em Belo Horizonte; a Serraria Andrade, de José Martins Andrade, localizada na rua Pe. Chiquinho também participou do mercado de madeira. José Andrade foi também um dos grandes produtores rurais do município. Com a exaustão das reservas florestais a atividade foi-se reduzindo paulatinamente.
Césare Augusto Tartaglia foi um exemplo de trabalho e pertinácia na busca de seus objetivos. Nos anos 30 esteve estabelecido em Raul Soares com oficina mecânica em geral: niquelagem e oxidação em armas e ferramentas, reparações em máquinas frigorificas e caminhões e uma fábrica de gelo, sorvetes, picolés etc. (Sorveteria Ideal). Foi o responsável por dois dos principais projetos industriais no município de Raul Soares: A fábrica de enxadas Tarza, inicialmente em parceria com José Raimundo Nogueira de Souza, sob os auspícios da firma Tartaglia & Souza, e a partir de abril de 1946, constituindo a Industrial São Sebastião Ltda. tendo como sócios: Armando Sodré, Gerardo Grossi, José Sinfronio de Castro, Luiz Grossi, Chafith Sad e Bernardino Aladino Caldas. O outro projeto de Tartaglia foi uma fábrica de Eletrodos que transferido a terceiros, em virtude de doença do empresário, não teve prosseguimento.
Na década de 30 Ângelo Dominato (Neném Dominato ou Neném do Macarrão) instalou uma fábrica de macarrão na rua Pe. Chiquinho.
Industrial São José, uma empresa de Altivo Rodrigues de Matos,oficina mecânica com fundição de ferro e bronze, fabricante da máquina de marca Vulcão para beneficiar café, engenhos de cana, moinhos para fubá, máquinas para arroz, turbinas PELTON, tubulações etc. Comprador e exportador de madeiras. Matos foi, ainda, concessionário do cimento Cauê, vendendo também açúcar. Um dos desafios que enfrentou com relativo sucesso foi a fabricação de refrigerantes.
José Pascoal em anúncio de jornal dizia: “comunica a sua distinta freguesia que já tem instalado em sua Oficina Mecânica São Geraldo á rua Camilo de Moura n.º 31, um torno mecânico grande, com capacidade para tornear qualquer tipo de carcassa para caminhões e peças grandes em geral.”
Finalmente, é importante referirmo-nos ás casas comerciais Casa Caboclo, de Gomes, Filho & C., sucessores de Gomes & Filho, comerciantes de sal, querosene, farinha de trigo e um grande sortimento de fazendas, armarinho, ferragens, calçados, chapéus, perfumaria e muitos outros artigos, agentes da Anglo Mexican Petroleum Co. Ltd., depositários do afamado querosene Aurora e da gasolina Energina; compradores de café e cereais, recebendo cargas em consignação e café para encosta e despachar; Casa Galvão, de Luiz Abreu Galvão & C., comerciantes de fazendas, armarinho, modas, calçados, ferragens e muitas novidades tendo sempre em depósito sal, cal, cimento, tintas, óleos, fósforo. Compradores e exportadores de café e cereais. Depositários do querosene Jacaré e da gasolina Motano, também recebendo cargas á consignação e café para encostar e despachar; Silva, Cunha & Comp., exportadores de capados, toucinho, lombo, banha e cereais; Canuto, Silva & C. (A Esperança), com comércio de fazendas, armarinho, roupas, perfumaria, secos e molhados; Chaves & Brandão, com ferragens, calçados, louças e muitos outros artigos de primeira ordem. Compradores de cereais e capados; Francisco Abrantes Costa (Chiquinho Costa), com moinho para fubá na rua Pe. Chiquinho, e que teve como sucessor José Elias, com familiares que ainda hoje mourejam no mesmo local, com uma linha maior e mais sofisticada de produtos; Juquinha Liberato, operou uma fábrica de farinha na rua Pe. Chiquinho e, posteriormente, foi proprietário da Padaria Central, sucedendo a Calixto Antonio que se transferiu para Juiz de Fora.
Outros pioneiros, como José Nagem, Joaquim Avelino, Francisco Maia (compradores de cereais), Geraldo Carvalho – Casa Imperial, Florentino Fernandes – Casa Fernandes, Oriel Moreira Pinto, e certamente muitos outros, que, por um lapso de memória não estão aqui registrados, - todos - , colaboraram efetivamente para a dinamização e desenvolvimento comercial de Raul Soares.
E muito se tem que dizer e lembrar do trabalho diuturno e dedicado do abnegado farmacêutico José Lopes Baião, o Prof. Baião, e do farmacêutico Antonio Gomes de Barros, ambos imbuídos do mesmo espírito de vida e solidariedade humana dos farmacêuticos Aristides Pancrácio Alves de Souza e Rufino Marta da Rocha, cuidando da saúde de nossos antepassados do distrito de São Sebastião de Entre Rios (1903), do município Villla de Matipóo (1923), do município Villa de Raul Soares (1924) e da cidade de Raul Soares (1925).
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