INDEPENDÊNCIA OU
MORTE !
Duas são as razões da importância da data de 7 de setembro para o
município de Raul Soares.
No dia 7 de setembro de 1822 o príncipe regente D. Pedro voltava de
Santos (SP) quando, junto ao riacho do Ipiranga foi alcançado pelo sargento-mor
de milícias Antonio Cordeiro e pelo encarregado do correio Paulo Bregaro, que
lhe entregaram cartas da princesa real D. Leopoldina e do ministro José
Bonifácio de Andrada e Silva transmitindo as notícias trazidas de Lisboa pelo
navio Três Corações. Ficou ciente, então, que não seria aprovado pelas Cortes
portuguesas o ato adicional à Constituição relativo á organização particular e
autônoma do reino do Brasil, com governo e congresso próprios. As Cortes, ainda,
declaravam nulo o decreto do príncipe que convocava procuradores- gerais das províncias, e tinham mandado responsabilizar
e processar o ministério do Rio de Janeiro e os membros da junta de São Paulo.
O príncipe leu os despachos e, após
entregar os papéis a seu ajudante, teria dito: “ É preciso acabar com isto!”.
Em seguida, a grande galope, avançou para o lugar onde o séquito se achava e
exclamou: “Camaradas! As Cortes de Lisboa, querem mesmo escravizar o Brasil,
cumpre, portanto, declarar a sua independência. Estamos definitivamente
separados de Portugal!”. E levantando a espada, deu o brado que consagrava a
emancipação nacional: “Independência ou morte !. Era sábado, cerca de quatro e
meia da tarde.
No dia 7 de setembro do ano de 1923, 101 anos depois da Independência
do Brasil, o nosso município foi emancipado pelo governador Raul Soares de
Moura, com o nome de Matipóo, conforme a Lei nº 843.
A nomenclatura “RAUL SOARES” foi
adotada em 19 de setembro de 1924; uma justa homenagem ao criador do município,
falecido em 4 de agosto de 1924 no exercício de seu mandato de governador.
08.09.2012
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